quarta-feira, 2 de maio de 2012

Colli



As vezes eu te procuro no olhar intenso e agitado que marca tua face. Juro, há muito por encontrar! 
E, desculpe-me a franqueza, ou você desconhece sua inteligência, ou esconde na simpatia do sorriso ansioso a explosão de pensamentos criativos e gigantes. 
Não preciso dizer (mas digo) que a primeira opção sirva apenas para alimentar minha curiosidade. 
“Menina, como você é grande!” Não te dizem meus olhos?! Eu visiono, projeto, constato você. 
Será que você também se procura, será que já se sabe?! 
Confesso, tarefa louca à qual me lancei, tento decifrar-te para mim, para os outros, para ti. Escondes-te mulher, na menina da expansividade? 


Não sei mais quais caminhos trilhar, pois, tudo foi iniciado quando parei meus minutos (alguns deles) para me pôr a pensar sobre quem és (empenho-me nisso tão espontaneamente a cada vez que te vejo vibrando por entre, por sobre, dentro dos livros, nas entranhas do conhecimento, no passeio pela cultura e arte, na busca incessante do saber, quando leio algo que escreveu). Por agora, declaro minha admiração, é tudo o que posso fazer. 


“Menina, como você é grande!” Não te diz minha procura, que pouco da sua grandeza pode ver?! 


Que esta seja a estreia de uma série, seja lá do que for. 
É possível que nunca uma jovem amiga me tenha ocasionado tamanha admiração, confesso. 


Ou é grande minha ingenuidade, ou minhas projeções cumpri-ser-ão. Não preciso dizer (mas digo) acredito tão mais na segunda assertiva. 


Sua (provavelmente) mais recente admiradora, 

(Para minha amiga Nathalia Colli. 2011)
Samara Belchior.