O que parece loucura o poeta fez de
beleza
À destreza das suas simplicidades
Com toda a sensibilidade que lhe faz o corpo.
Doce e amargo que lhe esculpem o âmago.
Aquelas danças interiores exultem!
Fez de pequeninas horas
De um dia marcado que passou
Da tendência da lembrança branca
O desenho da evidência
Do calor, da cor, da luminescência.
E enquanto o todo ao redor de tudo
Loucamente espera pelo concreto
Fez do céu seu teto de estrelas queimando
Deslizando em meio aos sentimentos abastados
Cheios do que não é absoluto.
Por Samara Belchior (01/12/2009)