sábado, 6 de março de 2010

Contidamente


Pulso.
Batidas.
Sensação.
Não há pra toda coisa explicação.

Algumas notas musicais gritam.
Gritam, gritos da alma,
daquele canto perdido
que tenta se expressar.

Restam as vezes apenas uns instintos
Uns pedidos repetidos
da mente pro corpo.
Sentidos.

Forma-se bem dentro uma explosão.
E não explode, não canaliza.
Não vira,
revira, não concretiza.

Está no vento, no tempo,
pele, olhos, coração.
Pulsa somente,
sem externalização...

Um grito contido
num canto interno do eu.
O "ser" mantêm-se
escondido no breu.

Enquanto o peito lateja
escondido atrás do vermelho da blusa,
todo o interno movendo,
todas as coisa loucas de dentro.

Samara Belchior (05/03/2010)







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