domingo, 21 de fevereiro de 2010

Céus




Em todo canto um céu,
cinza
alaranjado
azul
Saltado aos olhos, enfim,
sejam quais suas nuvens 
num surto de contemplação.

Do que há abaixo desfaz-se o pensamento
tomado pelo intento, tão simples,
do que acima se vê.

São só segundos, intensos
marcados por um zumbir de vento
que anula sensações para encravar
tão pouco, a imagem incontida nos olhos.

Nada estático. São renovados tons, 
submetidos à subjetividade de cada tilintar de olhos
nos movimentos de uma quase canção. 

Por Samara Belchior (15/02/2010)

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